Paranaenses estudam os benefícios da farinha de vinho

Produto rico em fibras e antioxidantes é feito de cascas e sementes da fruta. Matéria-prima reutilizada faz parte das sobras da produção da bebida

Produto pode se tornar solução para a saúde

 

Os paranaenses começaram a estudar, quem diria, os benefícios da farinha de vinho. O laboratório fica na Universidade Federal do Paraná (UFPR). O produto é feito de cascas e sementes que sobram após o processo de elaboração da bebida. Para a maioria dos vinicultores, a sobra se torna um grande problema. A farinha é rica em fibras e antioxidantes e pode ser solução para a saúde. 

Além de benefícios para o intestino, o produto também pode ajudar a emagrecer já que os antioxidantes neutralizam os efeitos de algumas substâncias como as gorduras. O pó também pode ser usado para fazer massas e doces (foto). Para fazer 20 mil litros de vinho, um vinicultor precisa de aproximadamente 35 toneladas da fruta. De tudo isso, quase metade (15 toneladas) do volume, uma mistura densa de sementes e de cascas, acaba tendo de ter uma destinação – e muitas vezes segue para o lixo. A farinha de vinho, por enquanto, vem sendo produzida apenas em modo experimental. Mas, em breve, também poderá ser fabricada pelos próprios vinicultores. 

 

“Nessa primeira pesquisa, fizemos questão de ver a segurança para o consumo. Fizemos testes microbiológicos para ver se não existiam microrganismos que fizessem mal à saúde das pessoas. Constatamos que não. A farinha está dentro dos parâmetros exigidos pela Anvisa e é segura para o consumo”, destaca Giovana Straoassin, pesquisadora da UFPR, que concedeu entrevista para a RPC Curitiba onde mostrou detalhes do estudo. Segundo a especialista, outro objetivo do experimento é que as famílias que têm o vinho como a principal renda possam utilizar a sobra para aumentar a renda como também a variedade de mercadorias que comercializam.